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Poder e riqueza – O chifre que mudou a minha vida! – Parte 11

  • 19 de Setembro, 2024
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Créditos/Fonte: Um conto erótico de Nanda e Mark

A loira se aproximou e me deu um selinho também, saindo em seguida. Assim que ela se afastou, a Fernanda me mostrou seu bilhetinho e disse:

– Está vendo? É assim que as oportunidades surgem para quem é do meio, mas não é porque surgiu que eu sou obrigada a aceitar, entende? Aliás, nem eu, nem meu parceiro.

(CONTINUANDO)

Estava boquiaberto, estupefato e sinceramente não sabia o que falar. Devo ter ficado igual um bobo, quicando entre olhar para a Fernanda e aquela loira linda que a havia abordado, mas agora se afastava lentamente. Ela sorria, ciente do efeito que havia causado em mim. Pigarreiei, tentando assumir um pouco o controle daquela situação e voltei ao assunto que conversávamos antes:

– Eu não entendi uma coisa. Se você e seu marido tinham regras, como foi que se desentenderam ao ponto de se separarem? Se sexo é só sexo para vocês, como foi que desandou? O chifre doeu, foi isso!?

– Gervásio… – Ela bufou sutilmente, mas ao mesmo tempo com uma intensidade de dar medo: – Esquece essa história de chifre! Para nós sexo é só sexo. A minha separação aconteceu porque envolveu algo muito mais complicado.

– Ainda não estou entendendo…

– Porque a burrona aqui descumpriu uma das nossas regras mais importantes: a de proteger nossa família acima de tudo e todos. – Interrompeu-me, falando agora com um semblante constrangido.

Notando seu constrangimento, decidi ser político e não insistir, mas agora ela é quem parecia disposta a falar. Acho que compreendeu que poderia ser relevante para eu entender os riscos do meio liberal:

– É o seguinte… Certa vez, um carinha que vinha jogando pesado para me conquistar e por quem acabei me encantando… – Falou ainda mais constrangida: – Eu me apaixonei mesmo, a verdade é essa! Então, é…

– Fernanda, se não me quiser contar, está tudo bem! – Eu a interrompi, tentando acabar com aquele clima mais sinistro.

– Não, não, é bom falar. Serve para eu me conscientizar também da cagada que eu fiz. – Ela explicou e continuou: – Então, esse “ficante” marcou um jantar comigo e eu avisei o Mark. Ele naturalmente quis ir lá para resolver de vez, dar um “chega pra lá” no Rick em definitivo, já que eu não tinha conseguido me afastar dele. Meu marido quando quer resolver, ele resolve: Ele é bastante persuasivo, sabe? Daí, lá, ele conversou com o Rick e pareceu mesmo ter resolvido tudo, o próprio Rick havia confirmado que me deixaria em paz. Só que euzinha aqui inventei de enfiar o meu bedelho no meio e aí fodeu! O Mark não aceitou e se separou de mim.

– Ué, mas por que? O que foi que você fez para ele ter tomado uma decisão dessas?

– Ah, meu amigo… O Mark é um puta cara analítico, um enxadrista nato e ele conseguiu antecipar o que eu ainda não estava conseguindo ver, que se eu continuasse mantendo contato com o Rick, colocaria a nossa família em risco. Só que eu não entendi naquele momento e quis enfrentá-lo, dizendo que eu poderia manter uma amizade “colorida” com o Rick da mesma forma como ele tinha com uma amiga nossa, a Denise. Nu, Gervásio, ele ficou bravo! Mas ficou bravo como há muito eu não via. Bom resumindo a história, eu enfrentei o Mark e ele simplesmente se levantou da mesa com a Denise e foi embora. Daí, hoje, estamos separados.

Ela parou para tomar um caprichado gole em seu chope e já pediu outro para um garçom. Para não ser descortês, virei a minha caneca e pedi outro também:

– Nossa, Fernanda, que situação…

– Pois é… Deixei tudo com ele, casa, carro, filhas, tudo! Mas a gente já voltou a conversar bem e eu sei, tenho fé de que vamos nos acertar, é só questão de tempo. Eu fiz merda, tenho consciência hoje e nunca deixei de amar o Mark. – Suspirou e sorriu com ternura: – Nossa! Como eu amo aquele homem, cara! Chega a doer a saudade que eu sinto dele. Olha, se não fosse o trabalho e meu treinamento para ocupar a minha cabeça, eu não sei o que faria.

O garçom se aproximou e ela se calou enquanto éramos servidos. Assim que ele se afastou, ela tomou outro gole e resmungou como se falasse consigo mesma:

– Mas já, já, a gente vai ficar juntos. Ô se vai, Nanda!

– Caramba! – Resmunguei, sem saber o que falar.

– Né! – Ela, que já estava com os olhos marejados, enxugou uma lágrima que fugiu ao seu controle e continuou, após pigarrear: – Mas estou na luta, tentando mostrar para ele que eu entendi o meu erro e mudei. Aliás, eu já confessei isso para ele, já pedi perdão, desculpas, o diabo a quatro, mas o Mark é bem teimoso também, tem o brio dos antigos, então o meu trabalho tem sido redobrado.

– Nossa!…

– Relaxa, Gê, eu vou reconquistar o meu marido, sei que vou. O amor eu nunca perdi, sei que ele me ama tanto quanto eu a ele. Pode demorar um pouco, mas eu vou reconstruir o meu casamento e recuperar a minha família!

– Tá! Entendi isso tudo. Mas por que você me contou essa história toda?

– Só para te mostrar que o meio liberal é muito gostoso, mas também muito arriscado e um casal que queira participar precisa criar suas próprias regras para se proteger das surpresas, seguindo-as à risca, sempre, doa a quem doer. Eu, que já tinha um pouquinho de experiência, deixei-me levar por um momento e deslizei feio. – Ela explicou e tomou outro gole, olhando-me seriamente: – O principal erro que faltou nessa sua história com a sua esposa foi a transparência e honestidade um com o outro, falando de seus desejos, suas limitações, dos seus pretendentes, de tudo o que acontecia naquela recepção, tudo mesmo! Isso é cumplicidade de verdade e não pode faltar entre o casal, seja monogâmico ou liberal.

Ela suspirou novamente e voltou a se penitenciar:

– Se eu hoje estou separada, é porque falhei nessa cumplicidade para com o meu marido e não respeitei as nossas regras. – Tomou mais um gole de seu chope e resmungou em voz alta novamente: – Mas eu vou reconquistar o meu carequinha. Ah, se vou…

– Tá, mas… Tudo bem! Vamos dizer que eu converse com a Lucinha, que ela esteja realmente arrependida e tal, e me acerte com ela. Daí a gente senta e estabelece as nossas próprias regras, ok? E se um dia ela quiser ficar com alguém que eu não concorde?

– Primeiro, eu não sei se você serão liberais daqui para a frente ou não. Essa é uma decisão do casal. Não é porque ela fez sexo com outro, gostou e pode querer repetir que você é obrigado a aceitar. Cada relacionamento é único. Ah, e não pense que entrando no mundo liberal você irá consertar o que foi feito errado lá atrás que não vai mesmo, muito pelo contrário: Se vocês fizerem isso, sem estarem muitíssimo bem um com o outro, confiantes e certos da força de seu relacionamento, a chance de dar merda é altíssima. – Explicou e ressaltou novamente: – E por favor, esqueçam essa história de achismo: Veja o seu caso, ela achou que você estava de acordo com o que acontecia e você achou que ela seria fiel e não te trairia. Isso nunca pode acontecer! Vocês não tem que “achar”, tem que ter certeza para evitar mal entendidos. Por isso, colocar o parceiro a par de tudo e respeitar se um dos dois não estiver à vontade, é importantíssimo.

– Tá. Acho que estou entendendo…

– Agora, se vocês optarem por entrar nesse meio, tenham uma conversa franca, abram mesmo o coração, digam o que esperam, com o que concordam, o que não aceitam de forma alguma, enfim, conversem e criem suas próprias regras, uai! Como o tempo, vocês podem até aliviá-las, mas eu já te falo, por experiência própria, que isso não dá muito certo não! O melhor é ter regras e segui-las à risca. Daí, se nas regras de vocês ficar estabelecido que é necessária a permissão do outro para um encontro acontecer e você não concordar com quem ela escolheu, ela tem que respeitar. Simples assim! Porra, cara, é só ela escolher outro: homem safado é o que não falta, Gê!

– Fernanda, eu… eu não sei. Juro que não sei. Acho que esse mundo não é para mim.

– Se não é, deixe isso bem claro para ela. Jogo limpo mesmo! Diga que você não se sente confortável com esse tipo de vida e que se ela quiser ficar com você terá que ser monogâmica, fiel e te respeitar. Se ela quiser ficar com você realmente, entenderá; agora se ela quiser ficar com outros, viver uma vida liberal, então terá que ser honesta com você e partir para outra…

– Divórcio, né? – A interrompi, sem querer.

– Gervásio, não há solução fácil: ou vocês são monogâmicos e vivem um para o outro, ou são liberais e vivem um para o outro, mas se divertindo com terceiros. Se vocês vão partir para o swing, ménage com dois homens ou duas mulheres, cuckold… Ih, cara, tem tanto jeito diferente de se divertir que a gente passaria a noite aqui conversando. BDSM, humm… – Resmungou e sorriu maliciosamente para alguma lembrança, mas logo voltou para a conversa: – Só o que não pode é vocês ficarem como estão, no meio do caminho, sem se se acertam ou rompeu de vez, ou sem saber se ficam monogâmicos ou se entram de vez no liberalismo. Um relacionamento é como uma porcelana delicada: se você não colocá-la num local seguro e protegê-la contra todos, pode acontecer de cair, trincar ou até mesmo quebrar.

– É… E o pior você não sabe! O filho da puta do Roger agora também é cliente da corretora onde eu trabalho. Vira e mexe ele entra em contato comigo, para saber de suas aplicações, mas eu já saquei que ele está tentando se aproximar, talvez ser meu amigo.

– Ele pode ser cliente da empresa em que você trabalha, mas isso começa e termina lá! Se ele tentar uma aproximação fora do ambiente profissional, basta você cortar. Seja homem, né, Gervásio!

– É… – Respondi, meio sem graça após ter tomado essa na cara e ainda ter que engolir seco, afinal, ela estava certa: – O pior é que já cheguei a pensar se a Lucinha já não o conhecia para ter caído assim tão fácil na lábia dele.

– Olha, pode ser, talvez ela já o conhecesse, mas também pode ser um desses caras que impressionam uma mulher logo de cara: Comigo e o Rick foi assim. Embora a gente não tenha transado logo na primeira vez, no segundo entro já rolou e foi horrível! – Ela falou e gargalhou alto: – Ah, Gê, a minha vida, às vezes, parece uma tragicomédia das boas. Um dia talvez eu te conte o que rolou…

Nesse momento, ela, num descuido ao beber seu chope, derrubou um pouco da espuma sobre seu decote, bem entre os seios e ela deu uma tremida, como se arrepiasse com o geladinho. Sem qualquer medo ou receio, ela os empinou ainda mais e os secou com um guardanapo. Confesso que fiquei com água na boca e acabei me perdendo no corpo daquela bela morena ali na minha frente novamente, já madura, mas com um corpo ainda estonteante. Uma ideia boba, mas deliciosa começou a se traçar em minha mente e decidi testá-la:

– Então, você não está com esse tal Rick?

– Eu!? De jeito nenhum! Quero e estou lutando para reconquistar o Mark, aliás, ele e as minhas filhas! Vou te falar: se arrependimento matasse, eu já estava morta há muito tempo…

– Mas e como você tem feito?

– “Feito” o quê, Gervásio?

– Feito, ué! Sexo e tal…

– Ah, Gervásio, olha para mim, cara! Acha mesmo que se eu quisesse transar teria alguma dificuldade? Você não viu a loira de agora há pouco? Com homem é mais fácil ainda, bastaria eu escolher um alvo, encarar e sair pro abraço. Só que a coisa não funciona assim. Prioridades! Prioridades, entende? Hoje o meu foco é recuperar a minha família, o meu marido. Depois, quando eu tiver me acertado com o Mark, a gente… Bem… A gente tira o atraso rapidinho… – Falou e piscou um olho para mim, sorrindo de uma forma bem moleca.

– Então… Uma das coisas que me incomoda foi a Lucinha ter me traído, tanto que eu falei para ela que a gente só se acertaria depois que eu ficasse com outra. – Falei e tomei um gole da minha cerveja, sem tirar o olho dela: – Daí, a gente se encontra aqui e eu descubro que você é liberal… Poxa! Parece até o destino!

Ela arregalou aqueles olhos meio esverdeados para mim e ficou me encarando em silêncio por alguns segundos. Depois arretou de vez:

– Ahhhhh, vá à merda, Gê! É sério isso!? Você realmente acha que jogando um verdinho desse para cima de mim vai colher maduro? Se situa, cara! Tá parecendo que você não entendeu nada do que conversamos aqui. “Prestenção”: ser uma mulher liberada não me obriga a ficar com ninguém, só me dá o direito de aproveitar outro homem quando eu… – Frisou bastante o “eu” e ainda bateu o indicador no meio dos seios: – E somente eu quiser!

– E hoje, assim… Você não quer não!?

– Olha… Até que você não é de se jogar fora: É até ajeitadinho! Mas agradeço e passo!

Claro que fiquei constrangido com a invertida e me calei. Ela deve ter se apiedado da minha situação e mudou o tom:

– Meu amigo, entenda: você está confuso, meio perdido e com razão. Se eu ficasse com você só para você esfregar na cara da sua esposa, estaria te fazendo um imenso desserviço. Eu não vou fazer isso… Nunca… Não faria com ninguém! – Frisou, sem tirar os olhos de mim e falou pausadamente: – Você… precisa… se acertar… com ela, ou desacertar de vez! Sentem, conversem e decidam se querem continuar juntos e qual caminho querem seguir. Se for pelo liberalismo, sejam felizes e serão porque é “bão dimais da conta”; mas se não for, sejam felizes também, um com o outro; e se nem assim der certo, que cada um seja feliz, a seu modo.

– Desculpa, Fernanda, eu… eu falei besteira.

– Falou, falou mesmo! Mas está tudo bem… Vou relevar porque o seu chifre é recente… – Disse e sorriu, acariciando de leve minha testa: – Mas, ó, meu conselho para você é não mudou: converse com ela e tentem se acertar e decidir por um caminho. Se não for possível ou não conseguirem, tentem uma terapia de casal, sei lá…

– Sabe que a Lucinha já até marcou uma sessão para a semana que vem! – A interrompi, tomado pela ansiedade.

– Ótimo! Vão, experimentem e se abram sem medo para a terapeuta. Ó, pior que tá, não dá para ficar. – Disse e colocou um dedo sobre o lábio, pensando, para depois explicar: – E se eventualmente você não gostar dessa terapeuta que ela arrumou, eu tenho um bom nome para te indicar.

– Mas ainda não acho justo não empatar o placar… – Resmunguei para mim mesmo.

– Uai! Se essa for mesma a sua decisão, traia a sua esposa! Esfregue uma amante na cara dela, mande fotos do seu pau babando numa bucetona alheia, talvez um vídeo da safada se esgoelando para humilhar um pouco mais a sua esposa… Quem sabe isso não resolve todos os seus problemas, não é? Acho até que vai melhorar muito o seu relacionamento. – Retrucou, ácida como um limão siciliano.

– Porra! Você parece uma lixa… – Resmunguei, brincando e ri.

– Querido, sou igualzinha aquele papel higiênico antigo, um cor de rosa, não sei se você se lembra… Eu limpo, lixo e dou acabamento! Quem tem o prazer de se “nandificar”, vira outro! – Brincou também, caindo numa gostosa risada e me arrastando junto.

Conversamos mais um tempo, apenas amenidades agora e trocamos contato, despedindo-nos. Voltei para casa mais alegre, leve. Eu tinha agora tanta informação e de uma pessoa totalmente alheia ao que havia acontecido que, no final das contas, fiquei mais confuso ainda, embora bem mais leve. De uma coisa, pelo menos, ela havia sido mais que certeira: eu e a Lucinha não poderíamos continuar vivendo daquela forma.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO E OS FATOS MENCIONADOS SÃO FICTÍCIOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL É MERA COINCIDÊNCIA.

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