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Conto Erotico Reencontro E Despedida

  • 17 de Agosto, 2024
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Créditos/Fonte: Um conto erótico de Mark

Conto Erotico Reencontro E Despedida. Eu já o aguardava há um tempinho sentada solitária naquela cafeteria. “Me deu o cano… Filho da mãe!”, pensei comigo mesma. Já estava pronta para ir embora quando, enfim, o vejo se aproximando de mim, todo serelepe. Ele não havia mudado nada, talvez só uns cabelinhos brancos, mas aquele rosto continuava o mesmo, o sorriso continuava o mesmo:

– Oi, Evelyn. Você está linda. – Ricardo me falou, já aproximando o seu rosto do meu.

– O… O… Oi! Obrigada. – Respirei fundo para controlar minha ansiedade e devolvi o elogio enquanto ele me beijava a face e se sentava ao meu lado: – Você também está muito bem! Parece que não envelheceu nada desde a última vez que nos vimos.

Verdade seja dita, ele estava realmente muito bem. Pelo menos duas décadas já haviam passado, mas o tempo foi gentil com ele. Estava mais forte, mais másculo, mais maduro. Seu rosto já tinha umas ruguinhas, mas nada que prejudicasse sua beleza. Eu, entretanto, já havia sido mãe e meu corpo já havia ganhado alguns bons quilinhos. Até me esforçava na academia, mas como meu instrutor me falou, eu só ganharia massa magra e dificilmente conseguiria reverter a diástase das gestações sem uma cirurgia:

– Mas… me fala de você! Como você está? Tem filhos? Está trabalhando? Me conta tudo. – Encarou-me, então, com olhos mais que interessados: – Não imagina como senti sua falta.

Não tenho vergonha de confessar, eu tremi! Afinal, ele foi meu primeiro namorado, o meu primeiro amor, o meu primeiro homem e agora, ao me encarar tão ávido, as lembranças voltavam fortes. Tantos bons momentos, grande parte escondido de nossos pais na adolescência, mas que pareciam tão vívidos em minha memória. Procurei ser bastante séria, educada e quis mostrar que, agora, eu era uma mulher de família, mãe, dona de casa, mas as minhas respostas não pareciam saciá-lo. Eu via em seus olhos: ele queria mais! Meu medo é que esse “mais” eu também pudesse acabar querendo.

Ele pediu um café e passou a me contar da sua vida profissional. Seu trabalho como engenheiro que tanto o orgulhava e a toda sua família me deixaram muito feliz. Suas viagens, descobertas, aventuras, me deixavam fascinada. Quando, entretanto, começou a me contar de sua vida pessoal, notei que divagava em assumir o óbvio: estava solitário. Temi que ele pudesse ver naquele reencontro uma possibilidade de saciar esse seu único obstáculo à plena felicidade. Eu temia que ele me visse como o seu objetivo final para ser feliz.

Sem querer, me deixei envolver por sua doce conversa e seus elogios. Sem querer, o envolvi igualmente com os meus. Quando dei por mim, eu também o queria tanto quanto ele a mim e aquilo já parecia inevitável. Inevitavelmente, ele se aproximou de mim e ousou tocar meus lábios com os seus. Não o repreendi, nem o rejeitei. Ao contrário, após um suspiro, eu o encarei olho no olho, e ele teve uma certeza que eu ainda não tinha e me beijou novamente, agora com vontade, firmeza e uma saudade que rasgava nossos peitos. Me deixei levar e me entreguei de vez a aquele momento.

Entretanto, só o beijo não seria suficiente para nos saciar. Nós sabíamos disso. Aliás, nossos corpos sabiam disso antes da nossa mente e do coração. Rapidamente saímos dali rumo ao seu carro e mais rápido ainda chegamos a um motel próximo do shopping. Lá, eu me vi sendo despida por aquele homem que um dia ousou conhecer minha intimidade antes de qualquer outro.

O tempo lhe dera sabedoria, paciência e conhecimento de como tratar bem uma mulher. Ele me beijava com paixão, havia um calor em seus lábios e eles me queriam por completo. Seus toques foram ficando cada vez mais ousados, mais íntimos e logo ele tocava meus seios com a mesma curiosidade de nosso primeiro momento. Ao tirar minha blusa, notou através de meu sutiã, que eles estavam maiores e sorriu satisfeito com a visão:

– Silicone. – Falei baixinho: – Tem algum problema?

– Problema!? Eles são maravilhosos! – E se corrigiu: – Aliás, você toda é maravilhosa…

Passou a me beijar enquanto me tomava em seus braços novamente, tentando desabotoar o fecho de meu sutiã. Foi bem sucedido, pois ele logo tombou inerte no chão morninho daquele motel cinco estrelas, fazendo minhas mamas balançaram ao gosto da gravidade. Ao sentir minha pele desnuda, ele se aproximou maravilhado com a ciência da medicina que eu havia comprado, fixando sua atenção naqueles seios maduros, mas empinados e os colheu com um beijo gentil em cada auréola, me fazendo arrepiar e dar um gemido baixinho. Ele ousou mais e agora os sugou com vontade, me fazendo agarrar sua cabeça para apertá-la ainda mais contra meu corpo sequioso daquele carinho.

Ele se livrou rapidamente da sua camisa e eu protestei, porque também queria lhe mostrar que eu sabia despir um homem, afinal, já deixara de ser aquela menina boba e ingênua há tempos. Ele sorriu e pediu desculpas por sua afobação e eu logo o perdoei com o primeiro contato de seu peito nu com o meu. Aliás, aquele primeiro contato, por si só, me arrepiou inteira e senti meu mamilos se intumescerem. Nossos beijos confessavam cada vez mais o nosso desejo e quando dei por mim, estávamos deitados na bela cama redonda e espelhada daquele motel. Só que dessa vez eu estava por cima e eu o dominaria, mostrando toda a técnica que adquiri em meu amadurecimento como mulher.

O beijei com vontade e não deixei que me tirasse de cima dele. Como boa amazona, eu o montei e minha destreza não o deixava fugir ao meu comando. Ele se resignou e passou a curtir o momento. Passei a beijá-lo no pescoço e notei que ele usava a mesma colônia pós-barba de quando namorávamos. Aquele cheiro me trouxe outras tantas lembranças, mas eu precisava me concentrar no momento e assim o fiz. Passei a beijá-lo e a percorrer todo seu torso até chegar ao cinto que prendia sua calça. O abri com certa facilidade e ao botão de sua calça também, puxando ambos para baixo até deixá-lo vestido apenas com uma cueca impecavelmente branca. Esta já denunciava o tamanho do seu tesão por mim, pois não conseguia esconder o membro ereto como uma barra de aço. Eu o toquei, apertando aquela carne por cima do tecido e, dessa vez, ele gemeu.

Puxei o elástico da sua cueca e aquele pau saltou atrevido como deveria ser, ereto como eu esperava e maior do que eu supunha. Olhei para ele por um momento estranhando, porque eu não me lembrava dele tão grande e grosso, ou o meu cérebro tentava mascarar aquelas lembranças para que a saudade não me fizesse cometer uma besteira como a daquele momento. De qualquer forma, curti muito e sem esperar mais, tomei posse dele para mim. O beijei com sofreguidão, lambi como se fosse o último sorvete na face da Terra e quando o beijei, esqueci dos meus limites e o enfiei todo na boca. A experiência de vida havia me ensinado como abocanhar aquela carne e eu havia aprendido muito bem com o meu marido. Nesse momento, uma fagulha da lembrança do erro daquele momento, fez com que eu divagasse se deveria continuar, mas o tesão do momento me impeliu. Então, fiz aquele homem gemer em minha mão e boca, e ele gemeu alto, até o momento em que me implorou que parasse ou acabaria gozando. Não parei! Acelerei ainda mais os movimentos e em pouco tempo ele explodiu, jorrando um mar de gozo sem fim em minha boca. Não consegui engolir tudo e boa parte acabou vazando por entre meus lábios sobre seu próprio corpo, mas fiz questão de lamber aquela seiva tão logo consegui engolir a minha primeira colheita.

Ele ainda arfava quando eu, como uma gata, subi pelo seu corpo, arrepiando-o com o toque dos meus seios e minhas unhas sobre a sua pele. Ele me olhava no trajeto que fiz e me pegou com vontade, agora rolando comigo até ficar por cima. Voltamos a nos beijar e o carinho que antes existia, havia se transformado em algo puramente carnal. Disputávamos para ver quem daria mais prazer ao outro e, nesse jogo, eu já ganhava por um a zero:

– Você será minha, como sempre deveria ter sido… – Cochichou em meu ouvido, enquanto me beijava o pescoço.

Depois passou a descer por meu corpo e aproveitou para colher o que pode de meus seios. Não havia seiva ou leite, somente prazer, e ele o colheu todo para si. Saciado, ou quase, ele desceu e encontrou minha calça desafiando sua volúpia. A desabotoou e ficou surpreso quando, ao iniciar sua retirada, viu que eu já estava sem calcinha:

– Nossa, Evelyn! O que é isso?… – Resmungou, com água na boca e sem tirar os olhos da minha púbis.

– Eu gosto assim, peludinha, mas se quiser posso raspar. – Falei, no anseio de não decepcioná-lo.

– Não! – Ele se adiantou: – É perfeita!

Terminou de retirar minha calça. Nem tive tempo de pensar onde já havíamos chegado e senti sua língua quente tocar meu clítoris que já havia dado as caras para também colher um pouco daquela noite de prazeres. Me encolhi na hora com aquele contato, mas ele me dominou e me chupou de formas que eu nem imaginava serem possíveis:

– Ai, caramba! O que você está fazendo comigo! – Perguntei, enquanto um dedo me pressionava por dentro, procurando algum botão mágico que aumentasse ainda mais minhas sensações e que ele encontrou, fazendo-me ver estrelas.

Eu seguia gemendo, tomada por sensações deliciosamente pecaminosas e tentava retomar um mínimo de controle sobre a situação:

– Ricaaaaaardo! Ai, não… Para! Assim, não, eu… Ai, ai, ai, ai… Para, para, para! Por favor. Uiiiiii. – Resmunguei e ao mesmo tempo que prendia sua cabeça com minhas mão e mudava de ideia: – Não… Continua. Assim! Está muito bom. Muito… Muito… Ahhhhhhhhh!

Nesse momento, estremeci, tremi, gemi, gritei, gozei como poucas vezes havia gozado em minha vida. Já não havia mais marido, família ou dúvidas: eu queria aquilo e aproveitaria cada segundo daquele encontro enquanto pudesse.

Ele subiu e se deitou ao meu lado, e agora quem arfava buscando o ar essencial era eu! Fiquei tentando controlar minhas respirações por bons segundos que pareceram minutos para mim e certamente horas para ele. Quando consegui respirar melhor, vi que ele me encarava apaixonado, acariciando meu corpo com sua mão. Eu sorri, cheia de felicidade e satisfação por ter me rendido aquele momento, mas ao olhar para o espelho sobre a cama, nos vendo deitados nus, me dei conta de que algo não estava certo. Faltava alguma coisa e eu sabia bem o que era…

Uma certa angústia me tomou e eu já me virava para confrontá-lo, quando ele subiu em cima de mim e me penetrou, sem cerimônia, sem aviso prévio, sem medo de errar, e ele acertou em cheio, pois seu pau escorregou ligeiro e faceiro, profundamente em minhas carnes. Me surpreendi com sua potência repentina, afinal homens precisam de um tempo para se recobrar, mas ele não precisou de quase nada e parecia mais forte e duro do que antes.

Passou a me beijar e penetrar romanticamente, mas aquela sensação dentro de mim ainda me incomodava e eu já queria terminar o quanto antes. Então, o peguei pela bunda e o forcei para dentro e para fora de mim. Ele entendeu o recado e começou a bombar firme e forte, num ritmo cadenciado que me fazia contorcer de tanto prazer. Depois de um tempo nessa posição, eu já estava pronta pro “grand finale”, mas ele saiu antes que eu pudesse cruzar a linha e me virou de bruços, levantando minha bunda e me deixando de quatro. Voltou a me penetrar e nessa posição senti quando ele me tocou fundo e gritei de uma dor gostosa daquela violação consentida. Ele ficou como de cócoras sobre mim e passou a me bombar cada vez mais rápido, me levando a loucura. Ficamos um tempo nessa posição e aproveitei para rebolar em seu pau, fazendo com que ele gemesse alto. Eu sabia o que me incomodava, mas queria terminar em grande estilo e falei:

– Deita pra mim!

Ele resmungou alguma coisa que não entendi, mas eu queria comandar e me desengatei dele, insistindo. Ele me obedeceu e subi em seu pau, engatando sua glande em meus grandes lábios, enquanto o observava. Desci lentamente, aproveitando cada milímetro, cada sensação e ele parecia hipnotizado com o balançar dos meus seios. Não era para menos: na minha adolescência, eles sempre foram pequenos, mirrados, mas agora eram grandes, suculentos, eriçados, quase meio litro do mais puro tesão de cada lado. Comecei a subir e descer de maneira cadenciada, alternando com leves reboladas e contrações da musculatura da minha vagina que havia aprendido a dominar com técnicas de pompoarismo. Ele gemia cada vez mais e eu também. Nossos gemidos, aliás, pareciam um só. Parecia uma sonata, uma ode ao prazer de dois solitários desconhecidos, ou melhor dizer, dois solidários conhecidos que se reencontraram não por acaso, um acaso bastante premeditado, diga-se de passagem…

Naquele movimentar, bailar, rebolar, ele anunciou que já estava pronto para gozar novamente e me pediu para sair ou encheria minha boceta com seu leite. Ignorei seu apelo novamente e acelerei anda mais os meus movimentos até que ele e eu explodimos, quase que simultaneamente, numa das melhores gozadas das nossas vidas. Senti quando ele começou a jorrar dentro de mim e o segurei bem no fundo, tentando senti-lo dentro do meu útero, mas em vão. Entretanto, senti cada um de seus espasmos pela parede da minha vagina: um, dois, três, quatro, cinco, seis e sete. O oitavo não me convenceu, achei meio forçado, talvez coisa de homem que quer se mostrar ainda mais macho. Joguei-me enfim sobre o seu corpo e ficamos os dois ali, arfando um para o outro, disputando o mesmo ar que agora nos faltava.

Agora satisfeitos, pelo menos até aquele momento, vi quando ele olhou para seu celular e eu, ao ver as horas na telinha, desci da cama em um pulo e exigi que fôssemos embora, pois o horário havia superado e muito o limite que eu própria havia me dado. Ele quis tomar um banho, talvez relaxar na hidromassagem, mas eu o intimei que me levasse de volta. Fiz questão de esclarecer que a vida continuaria dali por diante e aquele momento seria apenas mais uma lembrança para nós:

– Mas eu te amo, Evelyn! – Insistiu e o pedido me cortou o coração: – Fica comigo. Eu… Eu nunca te esqueci.

Eu não podia, não queria, nem o faria. Briguei com ele e, somente quando comecei a chorar, ele entendeu que precisava atender a minha vontade. Nos vestimos, sem banho e sem cerimônias, e tão rápido como chegamos naquele motel, voltamos para o shopping. Voltamos caminhando lado a lado e sem qualquer intimidade até a mesma cafeteria em que nos encontramos. Ali deixei bem claro que ele devia ir embora, pois o meu marido, pragmático, chegaria em não mais que trinta minutos.

Ele me olhou triste com o pedido e talvez por ter entendido que eu nunca seria realmente dele. Pediu-me então um último beijo. Não tive como negar depois daquela tarde de prazeres e nos entregamos novamente a um momento único, saboroso, intenso, proibido… Nem notamos que a nossa frente, um homem de estatura aproximada a dele se sentava à nossa mesa.

Quando demos por nós da presença daquele estranho, o encaramos prontos para mandá-lo embora e aí meu mundo caiu: à minha frente, com lágrimas nos olhos e uma expressão de profunda dor e decepção estava sentado o meu marido, o homem a quem eu jurei um dia amar e respeitar por todos os dias de nossas vidas:

– Marcelo… – Foi a única palavra que consegui pronunciar após um breve momento de estupefação.

Ricardo já o conhecia de nome, mas não pessoalmente e naquela situação embaraçosa ainda ousou falar:

– Amigo, não é nada do que você está pensando. Nós só…

Meu marido, homem justo e discreto que sempre foi, ignorou-o, colocando o seu celular no bolso de sua jaqueta e falou, olhando para mim:

– Você foi o maior amor e a maior decepção que já tive em minha vida. Por favor, se tem um mínimo de amor próprio, desapareça… – Depois deu dois tapinhas sobre o local onde guardara o celular: – Ou nossos os filhos e a nossa família saberão o tipo de messalina que você é.

Eu estava em choque e não conseguia reagir, nem pensar em nada enquanto ele se levantava, mas fiquei feliz com a honradez daquele homem que não se rendeu ao instinto, promovendo uma justa vingança ali mesmo, se é que existe vingança justa. Ricardo, até então garanhão, amansou igual pangaré sem virtude frente a ele. Eu ainda tentei pedir, mesmo sem saber o que falar:

– Amor, por favor…

Por mais discreto que ele fosse, as pessoas que estavam sentadas ao nosso redor, notaram o clima pesadíssimo em nossa mesa e as mais próximas, com certeza, esperavam ouvir a confissão da adúltera. Marcelo prostrou suas mãos sobre a mesa, encarando-me e tirou forças do fundo da alma para não explodir, mas ainda assim falou, mordendo os lábios de raiva:

– Nunca mais me chame de amor, de Marcelo ou de qualquer outra coisa. Eu não te reconheço mais como minha mulher e você também não me reconheça, por favor.

– Mas eu te amo! – Insisti, pronta para me desmanchar em lágrimas.

– Ama!? E se entrega para outro? Que amor é esse? Doentio!… – Falou pela primeira e única vez se alterando, mas com a voz embargada, quase em lágrimas: – Ouça e grave bem o que vou te falar, porque é a última palavra que ouvirá da minha boca nas nossas vidas: Adeus!

Minhas lágrimas começaram a cair quando ele me deu as costas enfim e aumentaram a cada passada que ele dava para longe de mim, da minha, da nossa vida. Ricardo me amparou naquele dia e nos próximos, mas depois vi que ele não me amava de verdade: era apenas uma paixão da adolescência e, como tal, esfriou com o passar dos tempos. Eu havia escolhido o marido certo e o perdera com o amante errado, se é que há amante certo.

Tentei diversas vezes conversar com o meu marido, me desculpar, convencê-lo a me perdoar, mas foi em vão. Amigos se apiedaram de mim e intercederam a favor da nossa família, mas o orgulho ferido daquele homem nunca cicatrizou. Permiti que ele ficasse com a guarda dos nossos filhos, pois ele sempre fora um pai exemplar e nada lhes faltaria. Justo como poucos, com o tempo, permitiu que eu os visitasse, tudo em prol dos pequenos. Gentilmente, ele me abria a porta, acenava com um meneio de cabeça, mas não falava, cumprindo sua promessa.

Sua honra, ou o amor pelos nossos filhos, ou o respeito pelas nossas famílias, fez com que nunca exibisse as fotos ou vídeo daquele vergonhoso flagra no shopping, mantendo a salvo um pouco da minha dignidade. Eu o agradeci muito por isso e implorei, várias outras vezes, que me perdoasse e aceitasse de volta, mas ele me dava as costas e ia se trancar em nosso antigo quarto. Nossas famílias nunca souberam o motivo da nossa separação.

Certa vez fiquei doente e ele, preocupado comigo ou somente com a mãe de seus filhos, me trouxe para dentro da sua casa, do nosso lar novamente. Havia amor em seu trato e ele cuidou de mim como nos velhos tempos. Acabamos voltando a morar na mesma casa, mesmo que em quartos separados e, pelo menos assim, pude ser um pouco mais mãe, mas nunca mais sua mulher. Nunca me perguntou nada sobre a traição daquele dia, porque sua promessa o impedia e nunca mais me dirigiu uma palavra após aquele dia. Eu também não quis fazê-lo, porque a dor seria desnecessária: ele já supunha saber a verdade e estava certo.

Às vezes, tenho a impressão de vê-lo chorando pelos cantos: acho que a minha dor dói nele também. E assim vivo os meus dias, sem brilho, sem luz, tentando remediar um momento de prazer com uma vida de amargura.

OS NOMES UTILIZADOS NESTE CONTO SÃO FICTÍCIOS, BEM COMO OS FATOS MENCIONADOS E EVENTUAIS SEMELHANÇAS COM A VIDA REAL SÃO MERA COINCIDÊNCIA.

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